A iniciação científica é a primeira experiência do estudante de graduação com a pesquisa académica. Com a orientação de um pesquisador experiente, que pode em muitas ocasiões ser o próprio docente, o estudante desenvolve o pensamento científico, aprendendo a explorar criticamente a literatura, elaborar projetos de pesquisa, redigir textos técnicos para publicações e congressos, além de aprender técnicas e métodos de pesquisa.
Um projeto de Iniciação Científica consiste na verdade numa ferramenta de investigação para que o graduando tenha uma experiência de ensino mais aprofundada em determinado assunto científico no qual apresente interesse. O trabalho é realizado em conjunto com um ou mais professores-orientadores que auxiliam o estudante a buscar soluções para os problemas estudados. Neste contacto, o estudante tem a chance de aperfeiçoar seus conhecimentos teóricos e técnicos dentro da sua área de actuação, além de avaliar se a carreira escolhida é adequada para suas habilidades e pretensões académicas. Eis que como forma de incentivar o desenvolvimento da pesquisa na academia e no país e contribui para criar conhecimentos para uma série de sectores, o Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras e Ciências Sociais deu espaço aos seus estudantes para apresentação de trabalhos por si feitos.
O grupo composto por Chaika Mucapa e Juelma Cumbe foi o primeiro a fazer a sua apresentação intitulada “a minha carapinha faz parte de mim”, uma pesquisa que aborda de forma parcial sem se aprofundar a construção das mulheres crespas, qual a sua visão sobre o mundo que as rodeia, seu quotidiano bem como as suas aspirações.
Em seguida, os estudantes Cândido Machava, Chamina Narciso, Nócita Nhate, Silva Macave e Yara Muando, falaram da Violência simbólica nas redes sociais. Um fenómeno vivido por muitos, mas conhecido por poucos. Na sua apresentação, os futuros sociólogos procuraram entender de que forma o Instagram pode ser um espaço que forma a violência simbólica.
No fim das apresentações foram colocadas várias questões a ambos grupos, todavia nem todas foram respondidas, afinal trata-se de uma iniciação cientifica, cujo processo de pesquisa ainda está em andamento e melhoramento, tal como referiu o Dr. Baltazar Muianga, Sociólogo e docente facilitador do processo.
“Obrigado pelas questões colocadas aos grupos, apenas voltar a lembrar que se trata de grupos de estudantes do terceiro ano e ainda não mergulharam devidamente nos assuntos ligados a metodologia e linhas de investigação, mas penso que é uma oportunidade de o grupo aprofundar o seu conhecimento a partir das questões que vocês colocaram sobre métodos, teorias e técnicas”, afirmou Muianga.
Refira-se que Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras e Ciências Sociais, prevê continuar com estas actividades de iniciação científica de modo a cultivar no estudante o gosto pela pesquisa e contribuir para o desenvolvimento da academia em particular e do país no geral.