NEFLCS enaltece papel da sociedade civil no ensino superior durante a pandemia
A pandemia da COVID-19 tem sido a causa principal das profundas mudanças no comportamento da sociedade, da saúde, da economia e com maior destaque na educação, inclusive no processo de ensino e aprendizagem, entre estudantes e professores do ensino superior.
Além dos efeitos psicológicos acarretados por conta da gravidade da doença, houve a necessidade de se criar alternativas para continuar a garantir o decurso do processo de ensino-aprendizagem, propiciar a interação entre os diversos elementos envolvidos neste processo, nomeadamente, estudantes, professores, gestores, funcionários que integram a Universidade. A começar pelo conhecimento das tecnologias que suportam o ambiente de aprendizagem de forma remota. Dentre as plataformas digitais utilizadas no ensino superior, pode-se citar ferramentas disponibilizadas por empresas como: Zoom, Google, Microsoft e Facebook.
E foi nessa linha de pensamento que o Núcleo de Estudantes da Faculdade de Letras e Ciências Sociais (NEFLCS) organizou no mês de agosto (25), no anfiteatro 1502, uma palestra intitulada “O papel da Sociedade Civil no ensino superior durante o período da pandemia de COVID-19 em Moçambique “, proferida por Jaime Gode e Orção Muneme, membros da AJUPIS e moderação do activista social, Duarte Amaral.
Jaime Gode considerou difícil identificar de forma palpáveis as acções levadas a cabo pelas organizações civis no período pandémico, contudo reconheceu o seu empenho no apoio aos estudantes, “vai ser muito difícil conseguirmos ver ou identificar as acções concretas que muitas organizações civis levaram a cabo porque no ensino superior nós já lidamos com indivíduos maiores de idade com capacidade para responder por si próprio gerir os seus estudos, diferente do secundário ou mesmo primário onde pode muito bem ter havido distribuição de kits. Entretanto as organizações civis deram o seu apoio ao estudante em matérias principalmente que dizem respeito a advocacia, o direito a informação pelos estudantes diante da situação em vigor”.
Para Muneme, a sociedade civil esteve forte na fiscalização da acção governativa no âmbito estudantil. As organizações civis foram responsáveis pela pressão à certas entidades de modo a assegurar os direitos dos estudantes.
No fim do evento o vice-presidente do NEFLCS, Alberto Matola, agradeceu a presença dos oradores da palestra e apelou a continuidade no desempenho do seu papel na luta pela equidade e igualdade de direitos pelos estudantes do ensino superior durante a pandemia.