Mestrado em Antropologia Cultural
O Mestrado em Antropologia Cultural (MAS) é um programa de formação oferecido pelo Departamento de Arqueologia e Antropologia (DAA) da Faculdade de Letras e Ciências Sociais (FLCS) da Universidade de Eduardo Mondlane (UEM). O mesmo visa formar mestres com bases teóricas e metodológicas sólidas com ênfase para a capacidade de produção etnográfica.
Este programa de mestrado é o primeiro de cariz académico em Moçambique, e é alicerçado nas linhas de pesquisa existentes no DAA.
O MAS contribuirá para alargar o corpo de investigadores no país, e com competências para conduzir pesquisas que permitam apreender as lógicas de organização e dos processos que perpassam e estruturam o funcionamento das diversas instituições sociais.
Com o seu saber e competências os mestres em Antropologia Social contribuirão para a redução de eventuais conflitos resultantes da aplicação de politicas e estratégias de desenvolvimento inadequadas à realidade do país, assim como para elaborar e implementar politicas e estratégias de desenvolvimento apropriadas a diversos contextos.
Perfil do graduado
O graduado poderá exercer as suas actividades em instituições de investigação de ensino e de desenvolvimento, implementação, monitoria e avaliação de projectos a nível do Estado (do nível central ao local); de Organizações não-governamentais e no Sector privado.
Duração
2 anos
Estrutura do Programa
O plano curricular do mestrado está estruturado em 4 semestres lectivos (2 anos), decorrendo as actividades lectivas num regime convencionado como pós-laboral. No primeiro e segundo semestres leccionar-se-á uma disciplina de metodologia, outra de teoria e duas disciplinas de orientação de acordo com a área de especialidade. O terceiro semestre será dedicado à elaboração do projecto de pesquisa e o quarto à elaboração da dissertação. O MAS compreende um total de 120 Créditos académicos, à razão de 30 horas para cada crédito, em vigor na UEM.
Áreas de Especialização
a) Antropologia da Saúde, Doença e Tratamento
São discutidas as principais orientações teóricas no domínio da antropologia da saúde: reflexões sobre a centralidade da saúde, doença e tratamento como espaços de discussão teórica e analítica, relações entre cultura, poder e saúde e as principais questões de saúde em Moçambique.
b) Territorialidade e Práticas Fundiárias Contemporâneas
São identificadas diferentes abordagens da territorialidade e posse da terra a partir de trabalhos antropológicos focalizados no estudo dos direitos, dos movimentos sociais, das políticas do Estado e sobre posse da terra e territorialidade. Um enfoque será dado às transformações contemporâneas em torno da terra em contextos tanto rurais como urbanos de Moçambique, da região e do mundo.
c) Antropologia e Desenvolvimento
São discutidas as problemáticas contemporâneos no estudo do desenvolvimento, explorando como a diversidade, vista a partir de um enfoque antropológico, pode ser transformada num potencial de desenvolvimento sustentável, que conte com a participação e envolvimento das diferentes comunidades do país.
Disciplinas/Módulos
Ano | Semestre I | Semestre II |
I | Fundamentos de Antropologia | Antropologia Contemporânea |
Epistemologia e Pesquisa Antropológica | Método Etnográfico | |
Saúde e Doença | Subjectividades e Terapias | |
II | Seminários de Pesquisa em Antropologia I | Dissertação |
Projecto de Investigação I | ||
Seminário de Pesquisa em Antropologia II |
Requisitos de admissão
- Os candidatos devem possuir o grau de Licenciatura em Antropologia ou em áreas científicas afins;
- Apresentação de uma carta de motivação para o ingresso no mestrado (mínimo de 300 e máximo de 600 palavras; espaço 1,5; tamanho 12; Times New Roman);
- Média de licenciatura igual ou superior a 14 Valores; ou Média não inferior a 12 valores mediante avaliação da experiência profissional de 3 anos;
- Capacidade de compreensão de textos em língua inglesa;
- Conhecimento de temas, teorias, conceitos e debates sobre o objecto de estudo das ciências sociais (a ser avaliado através de entrevistas).
- A selecção de candidatos é feita por uma comissão presidida pelo coordenador do mestrado, responsáveis pelas áreas de especialidade, chefe de secção de antropologia e membros do conselho científico do DAA. O número de vagas para cada curso é anunciado em edital conforme as regras em vigor na UEM.